O Governo do Espírito Santo deve estar preparado para, literalmente, “fechar as divisas” com o Rio de Janeiro. Foi o que o presidente da Assembleia Legislativa (Ales), Marcelo Santos (União), afirmou na manhã desta quarta-feira (29). A ideia foi defendida por ele em pronunciamento durante a sessão plenária da Ales, repercutindo a megaoperação policial realizada na terça-feira (28) na capital fluminense Com mais de 120 mortos, a operação nos complexos do Alemão e da Penha já é considerada a mais letal da história do estado do Rio de Janeiro.
“Se a Polícia se render, o crime fica com mais poder de fogo. Se a Polícia se acovardar, as facções vão agir. E podemos esperar: eles vão vir para cá, como muitos já estão por aí, entre nós. Temos que nos preparar para fechar as divisas. Dentre os mortos no Rio de Janeiro, havia bandido do Espírito Santo. O nosso estado tem que defender a população”.
Pré-candidato a deputado federal em 2026, o chefe do Legislativo Estadual criticou a omissão do Congresso Nacional: “Agora, depois dessas dezenas de mortes, vão aparecer para aprovar leis, mas passaram quatro, oito anos lá e não fizeram nada”. Marcelo também condenou a disputa eleitoral que ele identifica nas falas de agentes políticos: “Enquanto os governos do estado e federal ficam nessa disputa, as facções assumem tudo”.

