A produção de café no Espírito Santo deve atingir 17,07 milhões de sacas em 2025, segundo o 3º levantamento da safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado em setembro. O resultado representa alta de 23,2% em relação a 2024 e confirma a força do Estado como um dos principais polos cafeeiros do Brasil.
Conilon em alta histórica
O desempenho é impulsionado pelo café conilon, com estimativa de 13,8 milhões de sacas, equivalente a 68,9% da safra nacional. O crescimento frente ao ciclo anterior é de 40,3%, resultado de uma produtividade média de 53,5 sacas por hectare, o melhor índice dos últimos anos.
De acordo com a Conab, o avanço foi favorecido pela ausência do fenômeno El Niño, pela regularidade das chuvas e pela recuperação das reservas hídricas. Na região norte, principal polo produtor, as lavouras apresentaram boa sanidade, recuperação vegetativa e pegamento satisfatório dos frutos.
Queda no arábica
Já o café arábica, cultivado principalmente no sul capixaba, deve alcançar 3,26 milhões de sacas, uma queda de 18,8% em relação a 2024. A redução é explicada pela bienalidade produtiva, ciclo em que as lavouras priorizam a recuperação vegetativa em detrimento da produção de grãos.
Importância econômica
Para o secretário de Agricultura do Espírito Santo, Enio Bergoli, a safra reforça a posição estratégica do Estado na cafeicultura:
“O Espírito Santo mantém a liderança na produção de café conilon e mostra a força da nossa cafeicultura. Os dados da Conab indicam um recorde. Mas estatísticas do setor privado apontam números ainda maiores, podendo a safra capixaba chegar a 22 milhões de sacas, sendo 19 milhões de conilon”.
A colheita do conilon, iniciada em abril, já ultrapassou 90% da área, enquanto a do arábica deve ser concluída até outubro.
Com os novos números, o Espírito Santo se mantém como líder nacional na produção de café conilon e segundo maior produtor de café do Brasil, posição que reforça sua relevância tanto no abastecimento interno quanto nas exportações.