O Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES) aprovou por unanimidade, nesta segunda-feira (6), o pedido de desfiliação partidária do deputado estadual Wellington Callegari. A decisão permite que o parlamentar deixe o PL e se filie ao Democracia Cristã (DC) sem perder o mandato na Assembleia Legislativa do Estado (Ales).
Pedido tem motivação eleitoral para 2026
O pedido foi apresentado à corte em agosto deste ano e teve como principal motivação o projeto político de Callegari de concorrer ao Senado nas eleições de 2026.
No PL, a candidatura à Casa Alta está reservada para Magda Malta, conhecida como Maguinha, filha do senador Magno Malta — atual presidente estadual da legenda.
“O próximo passo é a filiação oficial ao DC e continuar o trabalho rumo ao Senado”, afirmou Callegari, em entrevista após a decisão do TRE-ES.
PL deu anuência e não reivindicará mandato
A decisão do tribunal foi embasada na anuência do próprio PL. Em carta assinada por Magno Malta, o partido declarou que “não possui interesse na manutenção do vínculo partidário” e não pretende reivindicar a vaga ocupada por Callegari na Ales.
A Constituição Federal estabelece que, havendo autorização formal da legenda, o desligamento não configura infidelidade partidária — o que evita a perda do mandato.
Estratégia política e alianças futuras
Wellington Callegari adiantou que o DC lançará chapa completa nas próximas eleições, com candidatos a deputado estadual, federal e senador.
“O partido terá nomes fortes para 2026. Ainda não há definição sobre apoio ao governo estadual, mas posso dizer que não caminharemos com candidatos da esquerda”, declarou o deputado.
Com a movimentação, Callegari passa a integrar o grupo de políticos que se antecipam às definições partidárias para o pleito de 2026, em um cenário que tende a se intensificar nos próximos meses.