Nesses dias que antecedem o início da COP30, em Belém, a agenda ambiental brasileira também tem conquistas para apresentar – além dos problemas e dos desafios. No Espírito Santo, por exemplo, nos últimos dois anos, a recuperação de áreas degradadas teve o plantio de 2 milhões de mudas nativas da Mata Atlântica.
Toda a área verde em Anchieta, no sul do estado, já foi pasto. Há 15 anos, o proprietário rural Antônio Salvador decidiu mudar. Se desfez da criação que tinha e começou a reflorestar, muda por muda.
“Você vê que é 12 hectares, então está em volta das minhas nascentes. É uma honra estar olhando isso, contemplando essa natureza agora, sim”, diz.
O Antônio contou com orientação do Programa Reflorestar, que recuperou 12 mil hectares em 12 anos. É uma parceria do governo do estado com prefeituras, a iniciativa privada e produtores locais.
“A gente fica muito feliz de ver iniciativas como a do Seu Antônio. A gente vê melhoria na disponibilidade hídrica, vê melhoria na conservação do solo e aumento da biodiversidade”, afirma Gabriel Nunes, coordenador do Programa Reflorestar.
Nos últimos dois anos, mais de 2 milhões de mudas nativas da Mata Atlântica foram plantadas no Espírito Santo. É uma parte do compromisso que os estados do Sudeste e do Sul firmaram de plantar 100 milhões de espécies nativas da Mata Atlântica até o fim de 2026. O objetivo é unir desenvolvimento à sustentabilidade.

